NEW YORK, NEW YORK

Série que está sendo apresentada pelo Seminário Amaral no Facebook, com postagens sobre a importância cultural e histórica de uma das metrópoles com mais intensa participação na configuração do mundo ocidental nos últimos séculos.


24/6/2020

A cidade de Nova York fica perto da Nova Inglaterra, o berço dos Estados Unidos, ali ao lado. Mas não é só isso que a coloca em uma situação especial. Sua localização geográfica a destinou, desde logo, a se tornar um dos mais importantes portos do hemisfério norte.


New York City

27/6/2020

Mais do que um dos locais primeiros da América, que ela também não deixa de ser, Nova York foi desde o início o local do comércio, da negociação e também da guerra.  Surge como Nova Amsterdam, quando os holandeses compram a ilha de Manhattan dos antigos habitantes, e depois é entregue por rendição aos ingleses que a rebatizam em homenagem ao Duque de York. Mais tarde, torna-se palco de uma das mais decisivas batalhas da Revolução da Independência e se constitui na primeira capital da nova nação. É o local onde aportaram milhões de imigrantes e de onde foram exportadas as peles das manadas do oeste. (J. C. Armytage, gravura em metal - George Washington, Long Island Batlle)


28/6/2020

Grandes fortunas circularam pelas ruas de Nova York e se instalaram, primeiro nos grandes casarões Fifth e da Madison Avenue e, depois, nos altos prédios que cada vez mais buscavam as alturas. Ali nasceu o cinema e o arranha-céu. Foram nova-iorquinos, filhos de Manhattan, Herman Melville e Walt Whitman, o que a coloca, em meados do século 19, e com imenso vigor, também na cena da grande literatura ocidental. (NYC, 5ª Avenida, séc. 19)


29/6/2020

Nas primeiras décadas do século 20, a indústria fonográfica e o movimento das casas noturnas roubaram de Chicago os grandes nomes do jazz, firmando Nova York como o epicentro da nova música. Desde a sua inauguração, em 1927, no Harlem, desfilaram pelo Cotton Club artistas como Duke Ellington, Billie Holiday, Ella Fizgerald e Louis Armstrong, entre várias outras estrelas da mesma grandeza. A música fica por conta de imaginação e da memória. Imaginem: Ella cantando "Manhattan", Ellignton tocando "Take a train A", Billie com seu tom blasé cantando alguma das melodias cheias de charme de Cole Porter, Satchmo delirando no trumpet . . .


2/7/2020

Na passagem para a 2ª metade do século 20, Nova York produz uma das mais importantes viradas na pintura do ocidente, com o Expressionismo Abstrato. Um momento em que os artistas do que se convencionou chamar de New York School, como Arshile Gorky, De Konning, Franz Kline e Pollock, renovam o moderno, abrindo-o para experiências mais subjetivas e menos racionalistas.


6/7/2020

Nova York ferve de criatividade no pós-guerra, entre 1945 e 1955. Os jornais e o show-business a pleno vapor, renovação do jazz, a Escola de Nova York como referência de uma nova pintura, mas também de uma nova poesia. John Ashbery, Frank O'Hara, Barbara Guest, James Schuyler e Kenneth Koch logo ficam conhecidos como o principais representantes de uma New York School Poetry. (Trecho de “O que é americano na poesia americana”, Frank O’Hara)


8/7/2020

O arranha-céu é filho legítimo de Nova York, que já no fim do século 19 iniciava a competição em busca das alturas, inaugurando prédios de 14 e 16 andares. Uma corrida que no início do século 20 se intensifica com o Flatiron Building atingindo 22 andares, em 1902, e, pouco mais adiante, em 1913, o Woolworth Building chegando aos 57 andares, com uma torre de 30 andares colocada sobre uma base que abarca uma quadra e possui 27 andares. Ambos hoje são marcos históricos da cidade, com outros tantos que logo chegariam a muito maior altura, como o Chrisler Building, de 1930, com 77 andares e o Empire State, de 1931, com 102 andares.



josé luiz do amaral
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